jueves, 16 de mayo de 2013

... UM MANCHADO ...



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As vozes
Da gente
Se misturam
Na minha mente,
Mas o calor
E o odor
Me acaricia …
Não sei o que pensam.
Não oiço o que dizem.
Olho a cada um
Sem fixar-me em ninguém
Num pequeno almoço
De emoções …
Não há intenções
No ar.
Não há razões
Para ficar
O sair …
O som
Não parece ferir
O mundo
Que está fora …
E eu
Deixo-me estar,
Absorvendo a vida
Que entra e sai
De mim.
Olho a cada um
E não vejo gente,
A minha alma presente
Está em todos …
E em ninguém …
Não tento
Parar o tempo …
Nem sentir o vento ...
Nem estar livre …
Ou encurralado …
Somente fico aqui,
E continuo tomando
O meu café manchado.




 

   Pouco passava das 11h da manhã quando cheguei à Residência Geron onde tinha agendada uma reunião com a directora a fim de ultimar detalhes do meu concerto no próximo dia 23.

  Pediu-me que esperasse uns minutos. Dirigi-me a cafetaria e pedi um café. Até a mim chegavam as conversas misturadas e incompreensíveis, coisa normal numa cafetaria … sentei-me e comecei a escrever





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